Lenda Crocodilo

Istoria Timor-Leste
Ukun Rasik An!
Kaer Rasik Kuda-Talin

Rezistensia

Ukun Rasik An
Ai Manas Batar Nurak Kafe Morin Kulu Tasak Nu Nurak
blogger tricksblogger templates

Saturday, 18 May 2013

«Encontros da Primavera» em Alhos Vedros na Moita Uma noite vivida com Luís Cardoso escritor que abre caminho à «literatura timorense no futuro»

No Moinho de Maré de Alhos Vedros, no concelho da Moita, realizou-se a apresentação do livro «O ano em que Pigafetta completou a circum-navegação», do escritor timorense Luís Cardoso, uma iniciativa integrada nos «Encontros da Primavera», promovidos pelo CACAV – Centro de Animação Cultural de Alhos Vedros.

“É uma obra marcada pelo lirismo épico, da luta do povo de Timor” – sublinhou João Rodrigues, editor da Sextante.

“Foram coisas reais que aconteceram, não têm a ver com ficção” – sublinhou o escritor timorense, Luís Cardoso, acrescentado que – “este livro tem muito de autobiográfico”.

João Rodrigues, editor da Sextante, apresentou no Moinho de Maré de Alhos Vedros, no concelho da Moita, o livro «O ano em que Pigafetta completou a circum-navegação», do escritor timorense Luís Cardoso.

“É um livro muito especial” – sublinhou, acrescentando que com esta obra, Luís Cardoso – “atinge o cume da criação literária”.

Referiu que é “um livro revelador” que demonstra o caminho percorrido pelo povo timorense – “em busca de identidade” e “o levantar de um povo para a Liberdade e Independência”.

Uma obra marcada pelo lirismo épico

“Numa linha de narração, no realismo mágico, mistérios acompanhando a vida, onde o tempo é cíclico e dá a volta” – refere João Rodrigues, nesta sua obra Luís Cardoso – “conta com o coração, do lado esquerdo onde está o coração”, seguindo as escolas do realismo mágico da América Latina, assume “uma forma de narrar, como aquela que marcou a resistências às ditaduras da América Latina”.

“É uma obra marcada pelo lirismo épico, da luta do povo de Timor” – sublinhou.

“Uma obra herdeira das coisas intimas, dos segredos, das histórias da memória e esperança” – acrescentou.
João Rodrigues, referiu que o escritor Luís Cardoso, é “uma voz original da literatura contemporânea portuguesa”.

“A sua obra é a pedra onde se vai fundar a literatura timorense no futuro” – sublinhou.

Caminho para dar voz a Timor

Recordou que Luís Cardoso, - “trabalhou, lutou, estudou ao lado das personagens do seu livro”.

Salientou que a escolha do português por Luís Cardoso, é a afirmação de uma “língua identitária”, referindo que “não é uma língua de conquista”, mas sim “a língua para conhecer o outro, de outras músicas, de outras línguas, de outros mitos”.

Recordou que a língua portuguesa é “uma língua minoritária em Timor”, mas a escolha do português é um caminho para “dar voz a Timor”.

Descobri o prazer de gostar da língua portuguesa

Luís Cardoso, recordou que esta era sua terceira presença em Alhos Vedros, tendo sido a primeira vez, numa iniciativa realizada após os Massacres de Santa Cruz. Lembrou amigos de Alhos Vedros – o Ricardo e o Hélio.

“Não sou um escritor muito mediatizado” – referiu.

Sublinhou que – “o português não é a minha língua natural”, mas, recordou que “foi através da língua portuguesa que ganhei o primeiro pão da minha vida”.

“Descobri o prazer de gostar da língua portuguesa”- salientou, referindo que tal gosto remontava ao seu tempo de escola.

Foi ali que escreveu redacções e cartas de amor, que lhe eram solicitadas por amigos. O filho do dono da padaria pedia-lhe que escrevesse as redacções. Ele escrevia. Em troca recebia pão com manteiga.

“O primeiro pão da minha vida foi na escola que comi. Era tão agradável aquele sabor e cheiro do pão com manteiga” – recordou.

Foram coisas reais que aconteceram não têm a ver com ficção

Luís Cardoso, estudou medicina, mas acabou por conclui a sua licenciatura em Engenheiro Agrónomo na área de Silvicultura.

Quando escreveu o seu primeiro livro recebeu elogios da critica que foram um estímulo para escrever diversas obras.

Este seu livro «O ano em que Pigafetta completou a circum-navegação», fala dos seus antepassados, dos mitos, mergulha no mundo dos mortos, que se mistura com os vivos.

“Foram coisas reais que aconteceram, não têm a ver com ficção” – sublinhou, acrescentado que – “este livro tem muito de autobiográfico”.

18.5.2013 
http://www.rostos.pt

https://www.facebook.com/media/set/?set=a.10151392860807681.1073741845.374205877680&type=3

No comments:

Post a Comment